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sexta-feira, 3 de novembro de 2017

INIBIDORES da BOMBA de PROTONS: enfim, a verdade aparece.

Em nossas JORNADAS CIENTÍFICAS no GEHP (Grupo de Estudos Helion Póvoa) vínhamos constantemente alertando sobre o abuso no consumo dos medicamentos inibidores da prótons H+, encabeçados pelo OMEPRAZOL.
Ao atuarem na base da formação do ácido clorídrico no estômago, reduzindo a oferta de H+ para formação do HCl, esses medicamentos diminuem MUITO a acidez estomacal.
O QUE PRECISAMOS ENTENDER: a acidez do estômago é a principal barreira antimicrobiana que temos para os produtos que ingerimos ou "engolimos" involuntariamente, como, por exemplo, os perdigotos suspensos no ar, ricos em vírus!
Se reduzimos essa barreira de proteção, o risco à nossa integridade biológica aumenta consideravelmente, prejudicando a hormese. Um pequeno aumento no pH estomacal (alcalinização) já propicia maior viabilidade para a entrada nos intestinos de microrganismos não desejados - por isso precisamos da acidez correta - na faixa de pH 1,5 a 2,0.
O crescimento considerável de colonização por Helicobacter pylori na mucosa estomacal já é um outro indício de como ficamos mais vulneráveis ao ataque por bactérias quando o pH está menos ácido. Trata-se de assunto tão sério que, há poucos anos, a pesquisa sobre esse tema foi agraciada com Nobel de Medicina.

RISCO DE CÂNCER: de acordo com pesquisa publicada recentemente (31 de outubro de 2017), avaliando mais de 60.000 pacientes em tratamento com medicamentos da família PPIs (omeprazol, pantoprazol e lanzoprazol) tiveram 2,4 vezes mais risco de câncer de estômago. Vejam o resumo científico do artigo publicado:

A revista que publicou (Gut) é um periódico especializado em aparelho digestivo, detentora de grande credibilidade.

O QUE PRECISAMOS REPENSAR: será que tratar somente os sintomas é a solução? A inclinação imediata perante as queixas de dores gástricas e epigástricas é a prescrição de antiácidos e inibidores de acidez - entre estes últimos, lembramos que os velhos antagonistas H2 (cimetidina e cia LTDA) não foram relacionados com o risco de câncer (éramos felizes e não sabíamos!!!). Principalmente mediante evidências nos exames de imagens, a tendência é imediata de prescrever.
Entretanto, a pergunta que não quer calar: PORQUE? De que modo ocorrem as irritações e lesões no tubo digestivo, esôfago, estômago e intestinos? De que forma essa acidez aumentada (!) provoca as lesões?
Precisamos repensar esse tratamento com PPIs, principalmente quando em longo prazo, porque não podemos omitir que ALIMENTAÇÃO, MASTIGAÇÃO, DEGLUTIÇÃO, USO DE ÁLCOOL e FUMO, tudo isso são fatores que levam aos problemas na mucosa gastrintestinal.

ALIMENTAÇÃO: insuficiência de fibras, excesso de amido, comida muito quente, grandes intervalos sem alimentação, todos são fatores que predispõem a irritação e inflamação das mucosas. Prescrever PPIs ou antagonistas H2 sem a orientação e correção desses problemas levam a falsas sensações de "cura" paras as esofagites, gastrites e colites.

MASTIGAÇÃO e DEGLUTIÇÃO: normalmente processos insuficientes nos hábitos atuais, onde a mastigação é diminuída e a deglutição acelerada. Ambos são contribuintes para as irritações de mucosas gastrintestinais.

ÁLCOOL e FUMO: sem dúvida são reconhecidos fatores que predispõem para gastrites, assim como BEBIDAS GASOSAS.

MUCO: salve! Nosso grande e real protetor da mucosa - evidências provam que a redução de muco é o principal responsável pelas irritações gástricas e intestinais.

Assim, vemos, rápida e resumidamente, quanto trabalho temos pela frente para diminuir a incidências dos distúrbios do aparelho digestivo, especialmente do tubo digestivo, neste caso. Fígado e pâncreas, esses dois sacrificados, serão objeto de outro artigo em breve, diante da avassaladora onda de DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA (NAFLD - non alchoolic fat liver disease).

No GEHP tenho apresentado um SLIDE, com um lado um tanto humorístico, sobre os PPIs:



No contexto das palestras falo sobre os efeitos colaterais do uso contínuo desses medicamentos, especialmente os prejuízos causados à microbiota intestinal, já que um grande número de bactérias pode atravessar incólume essa barreira enfraquecida do suco gástrico, pelo uso de PPIs, causando grande transtorno à flora intestinal, gerando inflamação e resposta imunológica local, com perigoso AUMENTO DA PERMEABILIDADE INTESTINAL, como alertava nosso grande cientista e saudoso PROFESSOR HELION PÓVOA FILHO.

Dicas de PROTETORES GÁSTRICOS NATURAIS, com poucos efeitos colaterais.

L-GLUTAMINA: aminoácido e antiácido natural e estimulador do MUCO. Também é o principal combustível para os fagócitos. Pode ser usado em doses de 0,5g a 2,0g em sachets para dissolução na água.

L-GLICINA: aminoácido com marcante ação antiácida, no estômago. De 0,5 a 2,0g em sachets.

HIDRÓXIDO DE MAGNÉSIO: antiácido de ação local, para uso em crises. Evitar o uso de Hidróxido de Alumínio, que pode deixar resíduos desse metal que é tóxico ao organismo. De 100 a 150mg, pode ser dissolvido em copo com água.

MATRICARIA CHAMOMILA: uso na forma de chás ou de extrato seco associado aos sachets com os aminoácidos, possui terpenos que apresentam atividade anti-H2 like.

MAYTENUS ILICIFOLIA: tradicional fitoterápico (espinheira santa) com comprovada ação cicatrizante e calmante da mucosa.

FIBRAS: pectina + psyllium + glucomannan + goma guar + inulina (200mg de cada nos sachets).

Continuamos depois, porque o assunto é muito amplo e importante. A saúde começa (e acaba) pela boca. Ditado de origem oriental, possivelmente chinesa.









terça-feira, 19 de setembro de 2017

NEUROMEDIN "U" - um novo indicador de câncer? Ou muito mais que isso?

O câncer é um sistema desorganizado que toma conta de um sistema organizado. Verdade?
Nem tanto... A proliferação celular cancerígena mostra impressionante utilização do sistema hospedeiro (podemos chamar assim?) para se reproduzir, captando mais energia do que as células saudáveis, desviando a rota do açúcar e ATP para seu crescimento, sugando os complexos vitamínicos mais importantes para a replicação de sua fita alterada de DNA, como cobalamina, folato e complexo B. Além disso retém do plasma grandes quantidades de L-Glutamina, favorecendo a expansão do tumor, por ser esse um aminoácido bioenergético. Simultaneamente, falta L-Glutamina para a defesa celular, já que os fagócitos, incluindo linfócitos e NK cells, demandam grande quantidade desse aminoácido, já que não dispõem da enzima glutamina sintetase.
Quando leio artigos sobre como alguns nutrientes suplementados podem ser perigosos para aumentar o risco do câncer, percebo que ainda continuamos em dúvida sobre quem veio primeiro, o ovo ou a galinha...
Falta de L-Glutamina certamente diminui a capacidade de nos defendermos contra células cancerígenas, posto que as NK cells têm esse papel marcante. Caçar e destruir células cancerígenas.
Mas se ofertamos quantidades maiores de L-Glutamina favorecemos o desenvolvimento de um tumor silencioso... Seria mesmo essa a realidade?
Difícil de chegarmos a uma conclusão definitivo, ao menos por enquanto.
A sofisticação do câncer faz com que os tumores estimulem a produção de proteases ou proteinases, como hialuronidase e metaloproteinases, para dissolver tecido conjuntivo e permitir a invasão de órgãos adjacentes. È mesmo um prodígio esse tal sistema cancerígeno.
Recentemente foram detectados níveis elevados de um peptídeo neurogênico da maior importância para nós, a NEUROMEDINA "U".
Credita-se a esse peptídeo funções de grande importância no SNC, no músculo, na regulação da PA,  no HPA axis (eixo hipotalâmico-pituitária-adrenal). Nesse aspecto (HPA axis), neuromedin atua em conjunto na síndrome de adaptação ao estresse (salve grande Hans Sellye), preparando o organismo para períodos árduos de fuga, luta ou resiliência. Neuromedin U regula a liberação de corticotropina.
Curiosamente a injeção de Neuromedin U em animais provocou marcante redução na busca por alimento, um tanto quanto contraditório com a liberação de cortisol via corticotropina. Mas, são muitos os mistérios que ainda envolvem esse abrangente neuropeptídeo cujas concentrações no organismo são consideráveis em vários sistemas, especialmente o gastrintestinal e cerebral. No hipotálamo é marcante sua presença.
Essa ação de NEUROMEDIN U na redução do apetite tem atraído a atenção de pesquisa na área farmacêutica pela busca de sucedâneos que possam ter valor terapêutico.
Tenho refletido sobre isso e me pergunto se, quando está elevado no câncer, não seria um dos responsáveis pela perda de apetite tão característica de muitos pacientes com câncer. Já foi verificado, entretanto, que Neuromedin U não interfere significativamente com as secreções gástricas. Então, o mais provável é que atue mesmo em nível hipotalâmico nessa redução drástica do apetite.
Mais uma vez aqui também se aplica a heterogeneidade de ações do câncer: nem todos os tipos de câncer apresentam super expressão de Neuromedin U e dos seus genes controladores. Nos estudos com câncer oral, por exemplo, o mRNA para Neuromedin U está diminuído. Porém, no acompanhamento de pacientes com câncer escamoso de esôfago ela aparece em super expressão.
Neuromedin U é abundante no líquor céfalo-raquidiano e demonstra ter papel crucial na tradução do estímulo motor.
CAPÍTULA À PARTE: um dos papéis que estão interessando demais os pesquisadores é a interação desse peptídeo ainda tão misterioso na regulação do SISTEMA IMUNE. Por exemplo, foi demonstrado sua expressão em variadas células do sistema de defesa: células dendríticas, células T, NK cells (olha elas aí, defesa anticâncer), monócitos e também células B.
Pelo que tenho lido, essa detecção de níveis elevados de NEUROMEDIN U em pacientes com câncer parece ser, mais uma vez, uma resposta do organismo na tentativa de aumentar sua competência imunológica, especialmente as NK cells anticâncer.
Uma dica: o nutriente mais importante na estruturação da cadeia peptídica é um aminoácido ao qual não temos dada muito importância, a ASPARAGINA. E ela que sela a cadeia peptídica e cria a estrutura tridimensional responsável pela atividade neuroendócrina de Neuromedin U.

Se vocês quiserem ler mais um pouco sobre esse fascinante tema recomendo o artigo:

Vejam como a estrutura de Neuromedin U tem a asparagina em posição estratégica:

A suplementação com asparagina e carnosina tem sido recomendada para aumentar a defesa anticancerígena:

L-Carnosina ........ 400mg
Comprimidos sublinguais
(Não é bem aproveitado pela via oral/gástrica --> é destruído pelo suco gástrico)

L-Asparagina ...... 300mg

Vamos continuar estudando mais sobre Neuromedin, pois sua importância já está mais que comprovada para a nossa biologia e fisiologia.

Só nesse ano já são dezenas de publicações importantes a respeito:




Em breve estaremos adicionando ao blog mais informações sobre os novos indicadores e marcadores de câncer.

Saudações,

Celio Mendes.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

SARCOPENIA DO IDOSO 4

Concluindo essa série sobre a SARCOPENIA do IDOSO, convém abordar dois aspectos interessantes:

1. Inflamação no Tecido Muscular
2. Problemas com absorção de nutrientes (aminoácidos) no idoso.


INFLAMAÇÃO e PERDA MUSCULAR:
Infelizmente um grupo de medicamentos muito receitado para pessoas com mais de 50 anos, as ESTATINAS, tem sido associado à disfunção mitocondrial e problemas com a perda de tecido muscular. Tivemos casos extremos, como o do proscrito medicamento CERIVASTATINA (Lipobay), causador de várias mortes por rabdomiólise - um quadro grave de degeneração muscular aguda.
Veja abaixo um detalhe sobre esse triste caso de medicamento que se torna veneno:

Depois dessa tragédia moderna não esperada (a última tinha sido a talidomida nos anos 1960) todas as estatinas ficaram sob vigilância farmacológica. As mais antigas, lovastatina e sinvastatina, foram as mais estudadas e as que detém maior registro de usuários no mundo, portanto a clínica no uso desses dois ativos dá um respaldo de farmacovigilância razoável. Mesmo assim, testes mostraram que doses mais elevadas de ambas podem gerar um percentual de pacientes com dores musculares.
Há inclusive uma recomendação de uso da COENZIMA Q10 (50mg) quando houver necessidade da prescrição de estatinas, que vários médicos já estão seguindo.
Não há como negar que esses medicamentos possam ter alguma influência na sarcopenia do idoso, principalmente se considerarmos que alguns pacientes estão em uso ininterrupto dessas drogas por mais de 10 anos. Portanto, é bom ficar atento a esses pacientes, principalmente se forem sedentários ou com pouca atividade física.
OPÇÕES: temos alternativas seguras para o músculo e que dão bom resultado no ajuste das dislipidemias, especialmente os níveis elevados de CT (colesterol total). 
Uma delas é a levedura de arroz, rica em TOCOTRIENÓIS, Já falei bastante sobre essa parte esquecida da vitamina E, mas sempre é bom lembrar que esses compostos naturais tem um efeito muito positivo sobre a lipidemia e apresentam efeito similar às estatinas sobre a enzima hidroximetilglutaril CoA (HMG CoA), o que resulta em diminuição da síntese hepática do colesterol.
Outra opção igualmente segura é o uso da VITAMINA B3 - ÁCIDO NICOTÍNICO na forma do complexo HEXANICOTINATO DE INOSITOL, que não causa flush e ajuda bastante a reduzir LDL-c e ainda aumenta o HDL.

PROBLEMAS com ABSORÇÃO de NUTRIENTES e PROTEÍNAS.
É sabido que os alimentos que apresentam maior dificuldade de absorção são as proteínas. Isso porque o processo de clivagem das longas cadeias proteicas é bastante complexo e possui várias etapas. Considerando que no intestino somente aminoácidos monoméricos e dipeptídeos podem ser absorvidos, o início da degradação da cadeia proteica é muito importante, ainda no estômago, sob ação da enzima PEPSINA. Para que isso ocorra satisfatoriamente, o pH estomacal tem que estar com a acidez adequada, ou seja, abaixo de 2. Por isso tenho alertado sempre para o abuso de OMEPRAZOL, hoje um produto que se compra em balcão de drogaria sem o menor controle. É o que chamo de GERAÇÃO OMEPRAZOL, abusando dessa droga que minimiza efeitos imediatos de irritação gástrica, mas deixa uma conta a pagar: diminuição do poder de defesa da barreira natural do estômago contra microrganismos nocivos e redução na eficiência da digestão dos alimentos.
NOS IDOSOS: nessa população a eficiência dos processos enzimáticos digestivos é notória, sendo que o grupo mais afetado o das proteínas. Tanto que vários médicos obtém resultados significativos em seus pacientes idosos pela simples prescrição de enzimas digestivas após as refeições. Neste particular o uso de enzimas resistentes ao pH ácido é bem mais favorável, por exemplo, as enzimas provenientes de culturas de fungos Aspergyllus, disponíveis para uso na terapêutica humana (para preparo por manipulação farmacêutica). Enzimas alcalinas, como pancreatina (pool de enzimas proteases e lipases), enzimas vegetais (bromelina e papaina) são menos aproveitadas quando interagem com pH ácido do estômago.
As enzimas denominadas "ácido-resistentes" são indicadas para os pacientes idosos com perda na potência digestiva, em doses de 100 a 200mg - tanto de protease como de lipase. Podem ser formuladas em cápsulas e assim contribuírem para a melhoria na digestão dos alimentos.

SUPLEMENTOS com AMINOÁCIDOS e PROTEÍNAS:
Se a condição digestiva estiver muito comprometida, a opção por uso de AMINOÁCIDOS é melhor, porque dispensa a fase de hidrólise das cadeias peptídicas. Nesse caso o uso de um suplemento tipo "AMINO-E", que elaborei após algumas pesquisas, é bastante favorável, porque supre os 8 aminoácidos essenciais, dos quais o organismo obtém os demais. Um detalhe, o acréscimo de Cisteína e Taurina é importante porque suas vias de obtenção nos idosos costumam estar prejudicadas. Aqueles que necessitarem saber a fórmula favor me escrever no e-mail: cmendes99@gmail.com que enviarei com prazer.
Os suplementos com proteínas devem ser vistos com cuidado. Há algum tempo um programa de televisão noticiou uma avaliação de produtos contendo WHEY PROTEIN, onde a presença de AMIDO foi considerável. Portanto, o melhor é usar o WHEY PROTEIN hidrolizado e puro, que pode ser obtido em farmácias com manipulação.

ASPECTOS DA SÍNTESE MUSCULAR:
A síntese de proteínas musculares é um fenômeno complexo, que envolve não só aminoácidos como também catalisadores. Um dos mais importantes é o ZINCO, seguido de CROMO e VANÁDIO. Estes minerais são essenciais que a construção muscular precisa. No idoso, com certa frequência tem sido verificada deficiência de zinco, pois a condição absortiva desse elemento também depende de uma cloridria adequada, um fato que não raramente é diagnosticado deficiente nestes idosos. A suplementação com zinco quelado com aminoácido HISTIDINA pode corrigir com facilidade essa possível deficiência, tomando cuidado para não exagerar nas doses (até 50mg/dia é o ideal).

PROTEÇÃO AO MÚSCULO:
No idoso a proteólise está mais ativada do que nos indivíduos jovens. Por isso a reposição de proteínas musculares (actina e miosina) não consegue ser suficiente para balancear a demanda metabólica. Há alguns anos os cientistas descobriram que existem algumas formas de "enganar" o metabolismo e preservar um pouco mais o músculo, através do uso de sinalizadores metabólicos como o HMB (hidrometil butirato) e KIC (cetoiso caproato), ambos derivados do catabolismo do aminoácido do grupo BCAA - L Leucina.
Dessa forma, a administração desses catabólitos não tóxicos as proteases musculares são compelidas a diminuírem sua atividade, preservando as fibras musculares. Há muitos estudos publicados com HMB na proteção muscular de atletas e idosos:


Um programa que englobe:
  • Atividade Física Especializada para o Idoso
  • Suplementação para Atenuar a Fadiga ao Exercício (Creatina + Aspartato)
  • Protocolo de Enzimas Digestivas para Melhorar a Condição Absortiva (Proteases ácido-resistentes)
  • Suplementação com aminoácidos essenciais (AMINO-e) e proteína hidrolisada de boa qualidade, isenta de amido e outras fontes não proteicas
  • Supervisão farmacológica para minimizar os efeitos das estatinas nos pacientes em uso dessas drogas ou
  • Uso de suplementos protetores do músculo (HMB + KIC)
  • Substituição do protocolo de estatinas por Tocotrienóis + Hexanicotinato
  • Acompanhamento Nutricional para compensação de eventuais distorções alimentares
Pode ser bastante eficiente para evitar o desenvolvimento desse quadro de SARCOPENIA que reduz tão drasticamente a qualidade de vida do idoso.




sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

SARCOPENIA DO IDOSO - Parte 3

PAUSAS HORMONAIS:
Entre elas a queda dos níveis de TESTOSTERONA é a que mais influencia na redução da massa muscular do idoso, devido ao fato desse hormônio possuir múltiplas funções anabólicas, inclusive interagindo com m-TOR e IGF-1.
O m-TOR é um gene com ação marcante sobre o crescimento muscular, e na mitose. É um fator que explode, por assim dizer, a divisão celular e no músculo seu papel no crescimento é brutal. Não havendo falta de matérias primas para o desenvolvimento das fibras musculares, o m-TOR é capaz de fazer o tecido muscular aumentar agudamente.
As principais:
  • L-Arginina
  • L-Ornitina
  • L-Leucina
  • L-Lisina
  • B-Alanina
  • Zinco
  • Cromo
  • Metil Tetra Hidro Folato
  • Metil Cobalamina
A ação estimulante da testosterona é importante tanto na construção muscular, como na reparação da fibra muscular:


A perda da testosterona com a idade é bastante documentada, o que recomenda um reposição hormonal, preferencialmente pela via transdérmica que é mais segura. Entretanto, nesse caso, faz-se necessária a escolha de um bom produto - estamos falando de um bom veículo, caso contrário a biodisponibilidade por via transdermal será comprometida. Entre os veículos disponíveis, dois estão entre os mais elogiados: PENTRAVAN e PLURONIC. Ambos mostram resultados satisfatórios nos testes via transdérmica elaborados pelos fabricantes.
Um exemplo de reposição com testosterona:
Testosterona bioidêntica ...................... 2 a 8%
Pentravan ............................................... 25% 
Gel Transdérmico ................................. 30ml
Aplicar 1 ml uma vez ao dia - na região com menos quantidades de pelos.
Usar embalagens dosadoras tipo "pump" disponíveis para esse tipo de formulação. Cada vez que é pressionada expulsa a 1ml.

Veja um gráfico sobre a queda dos níveis deste hormônio com a idade:


Para ser continuado.