As pesquisas com o CLORETO DE METILTIONÍNIO (azul de metileno) surpreendem a cada momento. Após teste com humanos em 2016 que mostrou a capacidade dessa substância em aumentar a conectividade neural e inter-hemisférica no cérebro (Rodriguez, Zhou & cols), a substância passou a ser relatada em vários outros estudos como opção no tratamento da perda ou diminuição de memória, incluindo casos mais graves como Alzheimer.
No estudo de Rodriguez & cols o registro através de imagens obtidas em ressonância magnética (MR) mostraram evidências dos efeitos do metiltionínio:
Adaptado de Rodriguez e cols:
https://pubs.rsna.org/doi/pdf/10.1148/radiol.2016152893
https://pubs.rsna.org/doi/pdf/10.1148/radiol.2016152893
Vários estudos comprovam, sequencialmente, o poder do cloreto de metiltionínio em melhorar a memória e fadiga mental, além de atuar como antidepressivo e na melhoria do sono. Abaixo ofereço os links dos principais artigos publicados sobre o assunto, mostrando a relevância do cloreto de metiltionínio (azul de metileno = MB) nos casos de perda ou diminuição da memória (clique para acessar):
Num outro estudo, Rodriguez e cols mostraram a marcante ação proativa de MB em humanos:
IMPORTANTE ENTENDER: tantos efeitos benéficos do metiltionínio precisam ser muito bem esclarecidos, já que mais pesquisas - que mostraremos ainda neste artigo - apontam os benefícios do MB nas neurodegenerações e também nas doenças inflamatórias, incluindo osteoartrite. O que podemos afirmar, no momento, é que a molécula de MB apresenta características muito interessantes, especialmente o seu potencial como agente ANTI-GLICANTE das proteínas, um fenômeno claramente envolvido com inflamação e envelhecimento. Aliás, como já preconizava o grande professor Helion Póvoa Filho, no início da década de 1990, a glicação precisava ser melhor estudada pois demonstrava uma interligação muito forte com o processo de envelhecimento nos animais testados em laboratória. Após a descoberta dos agentes glicantes denominados AGEs (advanced glycated end products), provenientes de resíduos do açúcar (cetonas e aldeídos) tudo mudou nessa pesquisa. Logo se descobriu como o corpo reagia às proteínas destruídas pela glicação, com uma forte reação inflamatória comandada nos receptores RAGEs, que respondia com a imediata ativação do fator inflamatório mais importante no organismo: o NFkB.
Assim, podemo dizer que, em última análise, a glicação das proteínas está intimamente ligada à INFLAMAÇÃO em ampla escala, no organismo, atingindo tecido nervoso, cérebro, tecido cartilaginoso, sistema imune, rins e aparelho respiratória. É fácil compreender porque os AGEs têm tanto poder de gerar inflamação disseminada no corpo todo: sendo as proteínas as moléculas mais distribuídas em todo o corpo, seja como enzimas, hormônios e peptídeos hormonais, na membrana celular, nos axônios e dendritos, na micróglia e nos tecidos de forma geral, a deturpação ou degeneração dessas moléculas causam grande efeito nocivo ao metabolismo.
ESTRUTURA SULFO-NITROGENADA DE MB PODE EXPLICAR AÇÃO
ANTI-GLICANTE E ANTIOXIDANTE:
Talvez se confirme em breve tempo que o grande mérito do CLORETO DE METILTIONÍNIO (MB) seja, de fato, um potente efeito ANTI-GLICANTE. Daí atuar na melhoria de doenças neurológicas, renais, inflamatórias e na depressão, já que o viés inflamatório nessa doença está cada vez mais confirmado.
Veja esse artigo que mostra o potencial de MB como antiflamatório, mesmo após indução de inflamação cerebral com LPS (lipopolissacarídeos residuais de bactérias) em animais. Link:
Além dos efeitos positivos sobre a memória e de proteção ao tecido cerebral e nervoso, o MB está se destacando por uma ação antidepressiva cujos mecanismos parecem estar ligados ao aumento de dopamina e nor-adrenalina, além de modulação nos neurotransmissores GABA e serotonina.
Vejam que interessantes estes artigos (basta clicar no link para acessar o artigo):
Há estudo mostrando a aplicação do MB em transtorno bipolar, testado em 37 pacientes originários de tratamento parcialmente eficaz com lamotrigina. O resultado transcrito do artigo publicado:
"Methylene blue use as an adjunctive medication improved residual symptoms of depression and anxiety in patients with bipolar disorder".
Trad: "Azul de metileno usado como medicação adjunta melhorou os sintomas residuais de depressão e ansiedade em pacientes com distúrbio bipolar".
Mais um campo de uso para o MB: doenças inflamatórias (como osteoartrite). Veja no link abaixo:
Agora, como dizem os ingleses, "at last, but not at least", um ESTUDO BRASILEIRO, num caso de uma criança politraumatizada (atropelamento). A equipe do hospital da Escola de Medicina de Ribeirão Preto (USP) publicou o resultado de tratamento em UTI com AZUL DE METILENO, revertendo a instabilidade da PA, após grande cirurgia. Após tentativas infrutíferas de restabelecer o estado de choque e PA diminuída, os médicos decidiram usar MB por infusão endovenosa, revertendo o quadro em apenas 2 horas. Uma frase chama atenção no artigo publicado:
Vejam o abstract:
Os dados consistentes sobre os inúmeros benefícios do CLORETO DE METILTIONÍNIO à saúde precisam ser compartilhados com médicos e profissionais de saúde, para que possam ajudar os doentes e os que ainda não estão doentes, visto que o caráter preventivo do MB em doenças neurodegenerativas e inflamatórias é muito significante. Aqueles que quiserem mais informações sobre doses e posologias podem me contatar pelo ZAP: (21) 99616-6806.
Saudações a todos!
Celio Mendes.
"Methylene blue use as an adjunctive medication improved residual symptoms of depression and anxiety in patients with bipolar disorder".
Trad: "Azul de metileno usado como medicação adjunta melhorou os sintomas residuais de depressão e ansiedade em pacientes com distúrbio bipolar".
Mais um campo de uso para o MB: doenças inflamatórias (como osteoartrite). Veja no link abaixo:
Agora, como dizem os ingleses, "at last, but not at least", um ESTUDO BRASILEIRO, num caso de uma criança politraumatizada (atropelamento). A equipe do hospital da Escola de Medicina de Ribeirão Preto (USP) publicou o resultado de tratamento em UTI com AZUL DE METILENO, revertendo a instabilidade da PA, após grande cirurgia. Após tentativas infrutíferas de restabelecer o estado de choque e PA diminuída, os médicos decidiram usar MB por infusão endovenosa, revertendo o quadro em apenas 2 horas. Uma frase chama atenção no artigo publicado:
"WHY SHOULD AN EMERGENCY PHYSICIAN BE AWARE OF THIS?"
Vejam o abstract:
Os dados consistentes sobre os inúmeros benefícios do CLORETO DE METILTIONÍNIO à saúde precisam ser compartilhados com médicos e profissionais de saúde, para que possam ajudar os doentes e os que ainda não estão doentes, visto que o caráter preventivo do MB em doenças neurodegenerativas e inflamatórias é muito significante. Aqueles que quiserem mais informações sobre doses e posologias podem me contatar pelo ZAP: (21) 99616-6806.
Saudações a todos!
Celio Mendes.