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quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Energia: a prioridade biológica.

O fenômeno biológico, a vida em si, está contido em complexos mecanismos bioquímicos e biofísicos. Por isso devemos tanto aos cientistas que nos permitiram entender, ainda que em mínimos capítulos, aspectos fisiológicos do que nos move: a ENERGIA.
O pouco que conhecemos devemos a grandes seres humanos (seriam humanos mesmo? ou gentis ETs?), Antoine Lavoisier, Friedrich Hermann HundHans Adolf Krebs, Paulo da Silva Lacaz, Abraham White, Albert Einstein, Linus Carl Pauling, e tantos outros gênios.
Diante de tanta complexidade bioquímica, uma descoberta nos esclareceu deveras:

A BIONERGÉTICA DOS COMPOSTOS DE FOSFATO.

O alerta celular soa claro com a modificação da razão AMP/ATP, um indicador inequívoco de perigo ao sistema - break down energético!
A previsão de morte com o aumento dessa razão é comum a todas células, inclusive as cancerígenas. No câncer terminal esse número se aproxima de 1, na senescência natural chega a 0,12 a 0,15.
A tabela da morte:
Existe uma enzima, a AMPkinase, responsável por avisar ao sistema (organismo vivo) que algo não está bom, com o acúmulo de AMP intracelular. Assim que os níveis de AMP aumentam, a AMPkinase começa a estimular a reposição de ATP, via glicogenólise, lipólise e proteólise. 
É comum observarmos nos pacientes com câncer uma perda de peso rápida e marcante, devido à superestimulação da AMPk, tentando equilibrar a razão AMP/ATP, comprometida pelo alto custo energético da proliferação celular desordenada. Assim, rapidamente, as reservas se esgotam, primeiro os lipídios, depois as proteínas, levando o paciente à inexorável caquexia.

A ativação da AMPk também pode se dar por estímulos externos e, definitivamente, pode contribuir para a esteatose hepática, uma vez que mobiliza as reservas lipídicas do tecido adiposo de forma desordenada. Parte dos lipídios liberados retornam ao fígado e ali podem se acumular.

Vejam como ESTRESSE, POLUIÇÃO (xenobióticos) e até MEDICAMENTOS interferem com AMPk:


A MATRIZ DE TUDO: MITOCÔNDRIA.



Nesta organela celular deu-se o milagre: de 2 ATPs dos organismos anaeróbios (4-2=2), para 36 (34 A 38) com o uso do oxigênio! Isto por uma molécula de glicose. Ônus: com o uso elevado do oxigênio, os organismos aeróbios ficaram submetidos à homeostase redox, com o risco de acúmulo de radicais do oxigênio. Nada que um bom sistema como SOD-c/SOD-m, GPx (a grande família, veja abaixo) / Prx / Cat não possa resolver. Nós, mamíferos, especialmente humanos, somos peritos em lidar com a homeostase redox - somente situações graves se tornam descontroláveis.
Veja abaixo a família GPx, responsável por metabolizar os peróxidos, especialmente o peróxido de hidrogênio e peróxidos lipídicos. Falhas genéticas, como na síndrome de Down, com alta expressão de SOD e baixa expressão de GPx, são catastróficas:


Mas voltando à matriz energética, a MITOCÔNDRIA, após receber os elétrons da GLICÓLISE, é capaz de produzir de 34 a 38 moléculas de ATP, ou seja, é uma USINA ENERGÉTICA. Entretanto sua capacidade de gerar superóxido (RL) é muito elevada; por isso um sistema antioxidante ali é imprescindível, como a SOD mitocondrial, catalizada pelo elemento MANGANÊS. Além dela, um poderoso sistema de captação de elétrons desemparelhados está ancorado no complexo II: UBIQUINONA e UBIQUINOL.
É tão importante esse sistema porque ele não só pode acolher elétrons livres para desarmar um radical livre superóxido (O2-), como pode também doar prótons (H+) neutralizando a molécula contendo o elétron livre.

Faz-se muito relevante observar que a mitocôndria tem uma demanda específica de nutrientes e antioxidantes, sendo a se destacar:
  • Niacinamida
  • NADH
  • Riboflavina 5 Fosfato
  • Ubiquinona
  • Ubiquinol
  • Pirroloquinolina Quinona (PQQ)
Existe uma substância semi-sintética, a HIDROXIDECIL UBIQUINONA, onde a pesquisa científica ao desenvolvê-la objetivou aumentar a cadeia carbônica lateral da ubiquinona, de modo a funcionar ao longo das cristas mitocondriais mais efetivamente. As cristas são invaginações que aumentam a superfície de contato da membrana interna, aumentando a eficiência do sistema da CADEIA RESPIRATÓRIA MITOCONDRIAL. Assim, após cuidadosa medida da profundidade média dessas cristas, os cientistas desenvolveram esse derivado da ubiquinona com maior poder de captação dos elétrons livres excedentes da respiração celular.



Esta cadeia lateral adicionada à ubiquinona aumentou a lipossolubilidade e o poder de acomodar elétrons livres nas cristas mitocondriais, uma engenhosa idéia dos bioquímicos.

·      O principal mecanismo de reciclagem do ATP é pelo SISTEMA NAD/NADP mitocondrial, dependente de oxigênio e do COMPLEXO “Q” (UBIQUINONA – UBIQUINOL). Este complexo é tão importante que qualquer queda em sua oferta na mitocôndria da célula diminui abruptamente a oferta de ATP. Existe uma substância descoberta há não tanto tempo em nossa biologia, que exerce um papel fundamental na biogênese mitocondrial: trata-se da PIRROLOQUINOLINA QUINONA. Esta molécula assiste o DNA junto aos genes que comandam a elaboração de novas mitocôndrias. É importante frisar que, ao contrário do que sabíamos no início do século passado, as células podem e de fato contém mais de uma mitocôndria, especialmente células musculares, hepáticas e cardíacas. Assim, estimular a gênese mitocondrial é de suma importância no combate à FADIGA, assim como suplementar o COMPLEXO “Q”, que propiciará um atendimento melhor da demanda de ATP reciclado na mitocôndria.

ALIMENTANDO NOSSAS MITOCÔNDRIAS:


Trata-se de um COMPLEXO, que podemos denominar "COMPLEXO Q". Uma das opções de dosagem está abaixo, é um suplemento que auxilia bastante na redução de fadiga e astenia.
  • Ubiquinona ..................... 100mg
  • Ubiquinol .......................... 10mg
  • PQQ .................................... 5mg
  • Hidoxidecil Ubiquinona ... 15mg
  • Tomar 1 cápsula pela manhã.



Links para estudo: