Pesquisar no blog

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

FLOROGLUCINOL: biomolécula neuroprotetora e anticarcinogênica.


Pesquisas recentes têm mostrado a importância do FLOROGLUCINOL (Phloroglucinol) na biologia, especialmente nos mamíferos - incluindo o homem. É uma molécula presente nos vegetais e que apresenta ações interessantes, como por exemplo o efeito inibitório sobra a enzima alfa-GLUCOSIDASE.
Existem dois tipos de glicose, um ativo biologicamente (D-Glicose) e outro inerte (L-Glicose). A forma ativa (D-Glicose) apresenta dois isômeros alfa e beta. A polimerização da alfa-glicose produz os amidos, enquanto com a beta-glicose se produz celulose glucanas (fibras).


Normalmente, os amidos são prontamente utilizáveis como nutrientes, pela facilidade de despolimerização enzimática. Já a celulose e as glucanas não são fontes de energia para metabolismo humano, funcionando como prebióticos (facilitadores da colonização simbiótica na microbiota intestinal) e como agentes de "limpeza" das vilosidades. A menos que a microbiota esteja desregulada, com aumento na população das bactérias metanógenas (M. smithii, B. tethaiotamicron e E. rectale) - nesse caso, como já temos colocado em nosso curso de especialização no GRUPO DE ESTUDOS HELION PÓVOA, esses simbiontes podem sim despolimerizar glucanas e até celulose! Sobre esse tema voltaremos a falar em breve.

Está provado que ingestão adequada de fibras - conforme a American Heart Association, uma ingestão adequada seria entre 20 e 30g/dia, obtida na alimentação. Entretanto, os dados antropométricos dos cidadãos americanos apontam um ingestão de apenas 15g/dia. Assim, poderíamos pensar em melhorar a alimentação e numa possível complementação dietética de fibras na faixa de 1 a 3g/dia.

Entre as principais fibras para complementação estão PECTINA, INULINA, PSYLLIUM, GLUCOMANAN, GALACTOMANAN, GUAR. Uma formulação  contendo 250mg de cada pode ser muito útil, para administração duas vezes ao dia, com bastante água (se der pouca água vai sugar umidade na luz intestinal, provocando constipação). Pelo menos 200ml de água com o sachet.


Mas voltando ao assunto das enzimas GLUCOSIDASES (alfa e beta), a alfa-glucosidase vai agir sobre os amidos, liberando mais rapidamente glicose para uso bioenergético. Por isso medicamentos inibidores da alfa-glucosidase são utilizados (Glucobay, Aglucose) como suporte aos pacientes com diabetes II. Já a beta-glucosidase age sobre glicosídeos e fibras, como celulose e glucanas, também liberando glicose dessas moléculas.

O mecanismo de ação proposto para a AMIGDALINA ou VITAMINA B17 no câncer baseia-se no elevado contingente glicosidases nas células cancerígenas, super capacitadas para sobrevivência e multiplicação (por isso drenam tanta energia do doente). Neste caso da B17, verifica-se forte inibição da BETA-GLUCOSIDASE, capaz de fornecer glicose por vias acessórias para a célula cancerígena (pela hidrólise de glicosídeos disponíveis na alimentação e após o metabolismo hepático - não esqueçamos que a glicuronidação hepática é a principal via de tratamento para os flavonoides, polifenóis e também para xenobióticos.

Então, vejam quanta disponibilidade de açúcar a célula cancerígena tem através desse hiper expressão de BETA-GLUCOSIDASE! Ela pode obter energia de diversas outras fontes além do amido e açúcar livre - é estimado que a célula carcinogênica apresente um nível 3.000 vezes maior de beta-glucosidase em relação às células normais. A ação da beta-glicosidase sobre a amigdalina, um polissacarídeo contendo tiocianato, libera cianeto dentro da célula cancerígena impedindo a utilização do oxigênio na respiração celular - isto leva à morte da célula. Como os níveis de beta-glicosidase nas células normais é muito baixo, isto não é suficiente para liberar o HCN, não sendo, pois, tóxico às células saudáveis. Veja abaixo:


O PAPEL DAS GLUCOSIDASES NO CÂNCER: infelizmente, como tem sido descoberto com o avanço nas pesquisas, as células cancerosas são muito preparadas para a proliferação e sobrevivência, objetivando ocupar todo o organismo "hospedeiro". Elas se equipam com enzimas, proteínas, fatores de crescimento, receptores de membrana, enfim toda uma maquinaria biológica essencial para sua proliferação, utilizando tudo que é "self". Ou seja, não pegam nada de fora, só de nosso organismo. Por isso é tão difícil combater os vários tipos de câncer: normalmente o que mata a célula cancerígena também mata a célula saudável. Por isso essa busca incansável dos pesquisadores para encontrar medicamentos ou moléculas naturais que possam ajudar a diminuir a viabilidade das células "invasoras". Já falei anteriormente sobre um fóssil de ouriço do mar de milhões de anos, onde se encontrou os oncogenes H-ras e C-myc, mostrando que chamamos de câncer pode ter sido o início da vida pluricelular.

Mas, enfim, sobre moléculas naturais que podem diminuir a viabilidade bioenergética do câncer estão os INIBIDORES DE GLUCOSIDASES: alfa-glucosidase (floroglucinol, acarbose) e beta-glucosidase (amigdalina), porque dificultam a captação de glicose tanto das fontes abundantes, como os amidos, como de fontes alternativas, glicosídeos e celulose.

Outras ações benéficas de floroglucinol são pertinentes ao sistema neurológico, atuando como neuroprotetor e nas doenças neurodegenerativas.

ESTUDOS COM FLOROGLUCINOL (clique no link para acessar o artigo):

FLOROGLUCINOL está sendo usado em suplementos com dosagem entre 80mg e 120mg, pode ser obtido na manipulação.
Recomendo a Avena farmacêutica.

ATENÇÃO: estão abertas as inscrições para o "CURSO de ESPECIALIZAÇÃO em SAÚDE ORTOMOLECULAR", no GEHP. Os interessados favor contatar pelo ZAP (21) 95904-3542.






Nenhum comentário:

Postar um comentário